Aparecida de Goiânia enfrenta o Coronavírus com testagem superior à maioria das cidades brasileiras


10 de junho de 2020

Foto: Ênio Medeiros

Texto: Polliana Martins e Camila Godoy

A prefeitura de Aparecida de Goiânia já realizou, desde o último 22 de abril até nesta terça-feira, 9 de junho, 7.670 testes RT-PCR de Covid-19. O exame é considerado o mais eficaz para diagnóstico da doença na fase aguda, considerado pelos especialistas como padrão ouro. Todos os dias, cerca de 45 pessoas são testadas nas três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade, mediante pedido médico, bem como uma média de 157 pessoas realizam testes no Drive Thru Agendado, localizado no Centro de Especialidades, com funcionamento de segunda à sexta-feira.

Estes números superam os da maioria das cidades brasileiras do mesmo porte e somam-se a eles mais 1.400 testes rápidos já aplicados num inquérito populacional. As iniciativas são parte da estratégia municipal de enfrentamento ao Coronavírus, que segue diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e tem três eixos fundamentais: testar, isolar os casos positivos e cuidar dos doentes com eficácia.

O secretário de Saúde, Alessandro Magalhães, destaca que a estratégia adotada em Aparecida tem o objetivo de reduzir a velocidade de transmissão do vírus e proteger o Sistema de Saúde com respaldo científico e monitoramento constante. “Nosso foco é salvar vidas e cuidar bem das pessoas com dignidade e excelência técnica. A equipe da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) acompanha diariamente o surgimento de novos casos, a incidência da Covid-19 em todo o município, os doentes, as taxas de ocupação e permanência de leitos de UTI e de enfermaria e os níveis de distanciamento social. Para tanto, a testagem é essencial e temos investido em sua ampliação, superando até a maioria das cidades brasileiras do mesmo porte de Aparecida.”

Alessandro Magalhães, que também preside o Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 em Aparecida, informa que o município tem feito uma média de 11.848 testes por cada grupo de 1 milhão de habitantes, ficando atrás, comparativamente no Brasil, apenas de todo o Estado do Espírito Santo (ES), que testou 12.664 pessoas por 1 milhão. “Testando cada vez mais e conhecendo a realidade, constatamos, até agora, que temos 98 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, ao passo que o Brasil inteiro tem 261, em média”, afirma o secretário.

Quem pode fazer o exame


Segundo critérios técnicos da SMS, os testes RT-PCR de Covid-19 são destinados a pessoas com sintomas gripais acrescidas de desconforto respiratório e em pessoas com sintomas gripais leves que sejam dos seguintes grupos: idosos, trabalhadores de serviços de saúde, trabalhadores de segurança pública, portadores de comorbidades agravantes para o Coronavírus e contatos intradomiciliares de casos confirmados.

Além disso, profissionais de saúde que tenham tido contato com casos confirmados, independentemente dos sintomas, também são testados. Os exames são solicitados por médicos, após consulta médica em qualquer unidade da rede pública, ou mediante ligações no 0800-646-1590.

“Nós temos priorizado esses grupos porque são os mais vulneráveis ao agravamento da doença. Dentro dos 7.670 testes realizados, nós temos trabalhadores que residem em outro município mas trabalham em nossa cidade, bem como aqueles que precisam repetir o teste rotineiramente devido à exposição durante o trabalho. Todos que estão nos grupos prioritários definidos pela Secretaria de Saúde e que precisam do teste estão sendo testados”, afirma Alessandro Magalhães.

Monitoramento após o teste

A partir do diagnóstico realizado por meio do teste RT-PCR, a equipe da Central de Telemedicina passa a ligar diariamente para quem está em isolamento domiciliar para rastrear quem teve contato com o paciente, monitorar o estado de saúde deste e detectar, já no início, quaisquer sinais de agravamento e determinar uma possível internação. Dessa maneira, tem se evitado que as pessoas já cheguem no Hospital com os pulmões comprometidos.

“Graças à testagem que identifica quem está doente mesmo antes de sintomas graves aparecerem e à atenção eficiente prestada aos pacientes, apenas 12% dos portadores de Covid-19 em Aparecida de Goiânia precisaram ser internados e 7% precisou de leito de UTI”, ressalta Alessandro Magalhães.

Fonte: Camila Godoy




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