UBS garavelo realiza palestra de prevenção contra o suicídio


16 de setembro de 2019

Foto: Arquivo/SMS

Texto: Polliana Martins e Frederico Noleto

A Unidade Básica de Saúde (UBS) do setor Garavelo, localizada na rua 36-E, em Aparecida de Goiânia, realiza, às 8h30 desta terça-feira, 17, na sala de espera dos pacientes, uma palestra de prevenção ao suicídio através da promoção à vida saudável e de luta contra a depressão. A iniciativa faz parte da agenda local do Setembro Amarelo, mês de alerta ao suicídio no Brasil. Em Aparecida, a equipe multiprofissional da Saúde Mental – incluindo 45 psicólogos – atua para ajudar as pessoas neste e em outros temas com mais de cinco mil atendimentos mensais. Segundo dados da Secretaria de Saúde (SMS), no município foram registrados 921 casos de autoagressão entre 2010 e 2019.

A palestra será ministrada pela psicóloga Nathannielly Rodrigues, do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), que, além de abordar os diferentes aspectos do problema, vai tirar dúvidas das pessoas e orientá-las sobre como e onde buscar ajuda na rede municipal, como informa a gerente administrativa da UBS Garavelo, Adriely Marcelino Costa. “Decidimos somar forças com o Setembro Amarelo, movimento em prol de uma vida melhor que está mobilizando as UBSs de Aparecida, também por sabermos, graças a estudos, que mais de 95% dos suicídios estão relacionados a transtornos mentais não tratados ou indevidamente acompanhados. Temos o dever de contribuir para mudar essa realidade”, afirma Adriely.

O secretário de Saúde Alessandro Magalhães reforça a importância de se debater o assunto e aprimorar a atenção à comunidade: “A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que, a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio no mundo e que 90% desses casos podem ser prevenidos. Quem está passando por momentos de crise, de desalento com a vida, precisa buscar ajuda profissional, como o acompanhamento psicológico, além do apoio de familiares e amigos. Por isso, é indispensável tratar desse tema para ajudar a quem sofre. Muitos não conseguem falar sobre o que sentem e há tabus e preconceitos relativos à depressão que precisam ser esclarecidos e enfrentados. Precisamos abordar a questão com frequência, o ano inteiro, para que as pessoas saibam que não estão sozinhas e que há tratamentos eficazes”.

Onde e como conseguir ajuda

Em Aparecida, quem precisa de qualquer ajuda psicológica, desconfia que possa estar com depressão ou tenha pensamentos suicidas, deve ir até a UBS mais próxima de sua casa e marcar uma consulta com clínico geral, que fará o devido encaminhamento para cada caso, seja para um psicólogo ou psiquiatra. Outra alternativa é ir até o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Bem-Me-Quer, localizado no Setor Araguaia, que conta com uma equipe multiprofissional. Em caso de urgência, a pessoa com transtorno deve ser levada à Unidade de Pronto Atendimento Geraldo Magela (UPA Flamboyant) que oferece atendimento psiquiátrico 24 horas por dia.

Além disso, a rede municipal também possui um Núcleo de Cuidados em Saúde Mental responsável pelo acolhimento de casos de transtornos do humor, ansiedade e psicoses. Para a população que mora nas ruas, existe também uma alternativa itinerante: a equipe do programa Consultório Na Rua (Telefone para contato: 3545-5969), especificamente treinada para abordar esse público com profissionais que desenvolvem ações de atenção integral à saúde. Quem preferir pode ligar, em momentos de solidão e desespero, para o número 188 do Centro de Valorização à Vida (CVV).  

Setembro Amarelo     

Instituída em 2015 para promover um debate amplo sobre a prevenção do suicídio na sociedade, a campanha do Setembro Amarelo é fruto da parceria entre o CVV, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Fundado há mais de 50 anos e funcionado 24 horas por dia em 110 postos espalhados pelo País com mais de 2.400 voluntários, o Centro é uma das ONGs voltadas ao tema mais antigas do Brasil e atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio por meio de e-mail, telefone (188), chat ou pessoalmente garantindo o sigilo e o anonimato de quem os procura. Em 2018, o CVV recebeu cerca de 3 milhões de ligações, um aumento de quase 50% em relação a 2017.

Fonte: Camila Godoy




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