Atendimento psicológico oferecido gratuitamente em Aparecida é motivo de orgulho para a população

“Com ela eu sabia que podia me expressar sem julgamentos. Sem o seu cuidado, com certeza, hoje eu não estaria aqui. Ela salvou a minha vida! Não sei se ela tem noção disso. Quero agradecê-la pela dedicação”. É com este relato emocionado que a paciente Luciana Gomes descreve a importância do atendimento psicológico recebido por uma profissional da rede pública de Aparecida de Goiânia, justamente na semana em que comemora-se o Dia do Psicólogo. Ela faz parte dos mais de oito mil pacientes ativos da rede e que se orgulham do serviço oferecido na área de Saúde Mental.

A diretora de Urgência, Emergência e Especialidades do Município, Amanda Melo, explica que cerca de 45 psicólogos realizam atendimentos em diversas unidades da cidade e completam a equipe multiprofissional de saúde mental de Aparecida, responsável por mais de cinco mil atendimentos mensais. “Cada vez mais percebemos as pessoas procurando e precisando de acompanhamento nessa área. Nossos psicólogos desempenham um papel fundamental na saúde da população. Junto com os médicos, enfermeiros, assistentes sociais, entre outros profissionais, eles têm levado tratamento humanizado a milhares de pessoas”, destacou.

Os atendimentos psicológicos ocorrem, via encaminhamento de clínico geral, no Ambulatório Municipal de Aparecida de Goiânia (Amag), no Centro de Diagnósticos e Especialidades, no Cais Nova Era e no Centro de Atendimento Ambulatorial. Além disso, a rede de saúde mental de Aparecida conta com quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), uma Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil (UAI), um Núcleo de Cuidados em Saúde Mental, uma Emergência Psiquiátrica e uma equipe de Consultório na Rua.

Reconhecimento
A excelência do atendimento oferecido pelos profissionais dessa equipe é facilmente percebido por quem conversa com os pacientes. “Estava passando por um momento delicado em minha vida e fui tratada com muito carinho e respeito pela psicóloga Marcella, do Núcleo de Saúde Mental. Com ela, aprendi que as adversidades aparecem, mas não adianta nos sentirmos culpados, principalmente sobre aquilo que não podemos mudar. Precisamos nos policiar para não remoer sentimentos negativos e não ser vítima das pessoas que fazem com que nos sintamos culpadas”, afirma a paciente Andréa Souza.

Já a estudante Andrielly Karlla, que também recebe acompanhamento no Núcleo de Saúde Mental, conta que sua vida foi transformada após o atendimento recebido: “Muitos acham que depressão é frescura. Mas, ao receber orientações dos profissionais da saúde de mental de Aparecida, percebi que ela é uma doença tão preocupante quanto qualquer outro problema físico. Resisti, por muito tempo, a buscar ajuda, mas sou uma nova pessoa agora. Consigo ter ânimo e acreditar nos meus sonhos. Sou muito grata à psicóloga e à psiquiatra que me atendem”.

Luciana Gomes, que abriu esta reportagem, completa o relato: “Há cinco meses deparei-me com um quadro de depressão. Não foi fácil aceitar que eu precisava de ajuda. Até que conheci a psicóloga de Aparecida, dra. Taís, e ela me mostrou que eu não estava sozinha e que essa doença tinha cura. Eu iniciei um tratamento com ela e eu fui atrás de uma esperança. A cada sessão eu me libertava de um bloqueio e de sofrimentos que carregava comigo desde a infância”.

Acesso ao atendimento
Para receber acompanhamento da equipe multiprofissional de saúde mental, o paciente precisa passar por um clínico geral, para avaliação e possível encaminhamento ao serviço. Nos Caps, na Emergência Psiquiátrica e no Consultório na Rua os atendimentos ocorrem mediante demanda espontânea.

“Em Aparecida de Goiânia, o cuidado com a saúde mental caminha lado a lado com a cidadania. Além do atendimento ambulatorial tradicional, temos oito unidades de saúde especializadas que oferecem tratamento para usuários de álcool e outras drogas, pessoas com transtornos mentais, direitos violados e em situação de vulnerabilidade social”, esclarece a coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Carolina Sartori.

Fonte: Camila Godoy