Confira abaixo informações diversas sobre Toxoplasmose Gestacional, Toxoplasmose Congênita, Poliomielite/ Paralisia Flácida Aguda (PFA), Doenças Diarreicas Agudas, Surtos de DTHAs (Doenças Transmitidas por Alimentos e Água), Esquistossomose, Febre Tifóide, Cólera, Botulismo, Hepatite A, Hepatite E, Rotavírus, , Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), Síndrome Hemolítico-Urêmica, Doença de Haff.
Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHAs) é um termo genérico aplicado a uma síndrome, geralmente, constituída de anorexia, náuseas, vômitos e/ou diarreia. As DTHAs são atribuídas à ingestão de alimentos ou água contaminados por bactérias, vírus, parasitas, toxinas, príons, agrotóxicos, produtos químicos e metais pesados. O quadro clínico das DTHAs depende, portanto, do agente etiológico envolvido e variam desde leve desconforto intestinal até quadros extremamente sérios, como desidratação grave, diarreia sanguinolenta, insuficiência renal aguda (síndrome hemolítica urêmica) e insuficiência respiratória (botulismo).
O programa de DTHA monitora semanalmente a ocorrência dos casos de diarreia aguda e realiza ações de promoção e prevenção em articulação com a Vigilância Sanitária , Ambiental, Secretaria de Infraestrutura e Saneago. A alteração do comportamento das Doenças Diarreicas Agudas , considerando determinado período e território, sinaliza a ocorrência de surto, e portanto, deve ser investigada .
Toxoplasmose Gestacional
O Toxoplasma gondii, agente etiológico da toxoplasmose, é um protozoário intracelular obrigatório. As principais vias de transmissão são oral e congênita. A Toxoplasmose Gestacional é um agravo de notificação compulsória, sendo assim o Ministério da Saúde recomenda a triagem sorológica de todas as gestantes em todas as regiões. O objetivo principal é a identificação de gestantes susceptíveis para acompanhamento durante o pré-natal a fim de evitar a transmissão fetal e consequentemente sequelas ao embrião.
A notificação, investigação e o diagnóstico oportuno dos casos agudos em gestantes viabilizam a identificação de surtos, o bloqueio rápido da fonte de transmissão e a tomada de medidas de prevenção e controle em tempo oportuno.
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Toxoplasmose Congênita
A toxoplasmose congênita é um importante problema de saúde pública mundial e nacional devido à elevada morbidade e mortalidade infantil. Trata-se de uma doença infecciosa que resulta da transferência transplacentária do parasita Toxoplasma gondii para o embrião, decorrente de infecção primária da mãe durante a gestação ou próxima à concepção, reativação de infecção prévia em mães imunodeprimidas, ou decorrente de reinfecção de uma gestante anteriormente imune com uma nova cepa devido à ingestão de alimentos.
A notificação e a investigação em recém nascido permitirá a intervenção precoce em casos em que a doença seja confirmada.
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Poliomielite/ Paralisia Flácida Aguda (PFA)
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, causada pelo poliovírus, é uma doença viral altamente infecciosa, que afeta principalmente crianças. Os vírus da pólio penetram no organismo por contato direto, isto é, de pessoa para pessoa, por via fecal-oral, por meio de objetos ou alimentos contaminados, ou por meio de gotículas de secreção de orofaringe.
Todo caso de paralisia flácida aguda deve ser notificado imediatamente à Vigilância Epidemiológica com o registro da notificação no Sinan por meio do preenchimento e envio da Ficha de Investigação de Paralisia Flácida Aguda/Poliomielite. Para todo caso notificado, uma amostra de fezes in natura deverá ser coletada preferencialmente até o 14o dia do início dos sintomas.
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Doenças Diarreicas Agudas
A Doença Diarreica Aguda (DDA) é uma síndrome, causada por diferentes agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitos), cuja manifestação predominante é o aumento do número de evacuações, podendo ocorrer fezes aquosas ou de pouca consistência. Em alguns casos, há presença de muco e sangue podendo ser acompanhada de náusea, vômito, febre e dor abdominal. No geral, é autolimitada, com duração entre 2 a 14 dias. Não é um agravo de notificação compulsória, no entanto, o município realiza a Monitorização das Doenças Diarreicas Agudas (MDDA) com objetivo de conhecer o padrão diarreico no município e intervir caso necessário.
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Surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos e Água (DTHAs)
São definidos surtos quando duas ou mais pessoas apresentam sintomas similares após ingestão de alimentos contaminados por micro-organismos patogênicos configurando uma fonte comum. Em casos de doenças de alta gravidade como botulismo e cólera a confirmação de apenas um caso já é considerado surto. A alteração no padrão da MDDA pode indicar um surto em andamento e portanto necessita ser investigado.
Clique aqui e acesse a Ficha de Investigação de Surto – DTA
Esquistossomose
A esquistossomose mansoni é uma doença infecto parasitária provocada por vermes do gênero Schistosoma, que têm como hospedeiros intermediários caramujos de água doce do gênero Bimphalaria, e que pode evoluir desde formas assintomáticas até formas clínicas extremamente graves.
A Vigilância Epidemiológica objetiva identificar precocemente as condições que favorecem a ocorrência de casos e a instalação de focos de transmissão da doença e identificar se o caso é autóctone ou importado em relação ao município onde ele foi investigado
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Febre Tifóide
A febre tifóide é uma doença bacteriana aguda de distribuição mundial. É causada pela Salmonella enterica sorotipo Typhi. Está associada a baixos níveis socioeconômicos, relacionando-se, principalmente, com precárias condições de saneamento e de higiene pessoal e ambiental.
A febre tifóide consta da listagem nacional das doenças de notificação compulsória. Faz-se necessária a notificação de casos suspeitos que serão investigados e posteriormente confirmados ou descartados.
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Cólera
A cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda causada pela enterotoxina do Vibrio cholerae O1 ou O139. É de transmissão predominantemente hídrica. As manifestações clínicas ocorrem de formas variadas, desde infecções inaparentes ou assintomáticas, até casos graves com diarreia profusa. Pode causar desidratação rápida, acidose e colapso circulatório devido a grandes perdas de água e eletrólitos corporais em poucas horas, caso tais perdas não sejam restabelecidas de forma imediata. Os quadros leves e as infecções assintomáticas são mais frequentes do que as formas graves.
A identificação e a investigação de casos importados são de fundamental importância em áreas sem evidência de circulação de Vibrio cholerae e naquelas áreas onde existam evidências de sua circulação, mas que apresentem baixa incidência de cólera. A notificação deve ser feita para o local de procedência, acompanhada de ficha de investigação epidemiológica já iniciada, para ser finalizada no que se refere à(s) fonte(s) de infecção e a outras informações epidemiológicas relevantes.
Clique aqui e acesse a Ficha de Investigação de Cólera
Botulismo
O botulismo é uma doença não contagiosa, resultante da ação de uma potente neurotoxina. Apresenta-se sob três formas: botulismo alimentar, botulismo por ferimentos e botulismo intestinal. O local de produção da toxina botulínica é diferente em cada uma dessas formas, porém todas se caracterizam clinicamente por manifestações neurológicas e/ou gastrintestinais, podendo ter evolução grave, com necessidade de hospitalização prolongada.
Devido à gravidade da doença e à possibilidade de ocorrência de outros casos resultantes da ingestão da mesma fonte de alimentos contaminados, um caso é considerado um surto e uma emergência de saúde pública. A suspeita de um caso de botulismo exige notificação e investigação imediatas.
Clique aqui e acesse a Ficha de Investigação de Botulismo
Hepatite A
Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus A (HAV), também é conhecida como “hepatite infecciosa”. A hepatite pelo HAV apresenta distribuição mundial. A principal via de contágio é a fecal-oral, por contato inter-humano ou por água e alimentos contaminados.
Clique aqui e acesse a Ficha de Investigação de Hepatites Virais
Hepatite E
Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus E (HEV) do tipo RNA, classificado como pertencente à família Caliciviridae. A hepatite pelo HEV ocorre tanto sob a forma epidêmica, como de forma esporádica, em áreas endêmicas de países em desenvolvimento. A via de transmissão fecal-oral favorece a disseminação da infecção nos países em desenvolvimento, onde a contaminação dos reservatórios de água mantém a cadeia de transmissão da doença.
Clique aqui e acesse a Ficha de Investigação de Hepatites Virais
Rotavírus
A infecção pelo rotavírus varia de um quadro leve com diarreia aquosa e duração limitada a quadros graves com desidratação, febre e vômitos, podendo evoluir para óbito. Rotavírus são isolados em alta concentração em fezes de crianças infectadas e são transmitidos pela via fecal-oral, por contato pessoa a pessoa e também através de fômites (qualquer objeto inanimado ou substância capaz de absorver, reter e transportar organismos contagiantes ou infecciosos). A máxima excreção viral se dá no 3º e 4º dia a partir dos primeiros sintomas, no entanto, podem ser detectados nas fezes de pacientes mesmo após a completa resolução da diarreia.
A notificação deve ser feita em casos de surto deve ser imediatamente notificado ao Serviço de Vigilância Epidemiológica Municipal, para que sejam desencadeadas as medidas de controle bem como as necessárias à identificação do agente etiológico.
Clique aqui e acesse a Ficha de Investigação de Rotavírus
Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ)
A DCJ é uma encefalopatia espongiforme transmissível (EET) humana, caracterizada por disfunção cerebral progressiva que inevitavelmente leva à morte. A DCJ é transmitida pelo consumo de carne de gado ou derivados contaminados com a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) – conhecida popularmente como “Doença da Vaca Louca”.
A partir da identificação do caso, deve ser feita a notificação pelo profissional ou serviço de saúde (público ou privado) que suspeitar da doença, por meio do preenchimento da Ficha de Notificação e Investigação da doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ).
Clique aqui e acesse a Ficha de Notificação de Doenças Priônicas
Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU)
A SHU é uma doença grave, observada mais frequentemente em crianças de pouca idade, que se caracteriza por anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e insuficiência renal aguda. A transmissão se dá através do consumo de alimentos contaminados, principalmente preparados com carne moída, crua ou mal cozida, e também leite não pasteurizado. O gado bovino é apontado como o reservatório principal. A contaminação fecal da água e outros alimentos e a contaminação cruzada durante a preparação de alimentos são apontadas como importantes vias de infecção. Outra via importante é a transmissão pessoa a pessoa por via fecal-oral, favorecida pela baixa dose infectante: menos de 100 organismos podem desencadear a infecção.
A Investigação Epidemiológica deve ser dirigida para verificar a ocorrência de diarreia com ou sem sangue, os tipos de alimentos ingeridos, tempo entre a ingestão e o aparecimento dos sintomas e para a busca de outros casos na família, grupos ou comunidade, com fontes comuns da infecção.
Clique aqui e acesse a Ficha de Investigação da Síndrome Hemolítico-Urêmica
Doença de Haff
A doença de Haff é uma síndrome que consiste em uma rabdomiólise sem explicação. Caracteriza-se por ocorrência súbita de extrema rigidez muscular, mialgia difusa, dor torácica, dispneia, dormência e perda de força em todo o corpo e urina escura associada à elevação sérica de creatinofosfoquinase (CPK), relacionada com a ingestão de crustáceos e pescados.
Realizar notificação imediata (em até 24h) a partir da suspeita inicial de caso/surto e comunicar ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), pelo telefone: (62) 3545-9336 e 3545-9279.
Clique aqui para notificação e investigação de caso compatível com Doença de Haff
Atendimento: das 08 às 17h30
Endereço: Rua Vitória Qd. 40 Lt. 04 – Jardim Belo Horizonte – Aparecida de Goiânia – Goiás CEP: 74.976-140
Telefone: (62) 3545-6703
E-mail: dthaaparecida@gmail.com
Secretaria Municipal de Saúde
Rua Antônio Barbosa Sandoval, n°16, quadra 4, lote 1, APM 3, Centro – Aparecida de Goiânia – GO.
Telefone Geral: (62) 3545-5883