13 de maio de 2025
Texto: Ascom/HMAP
Cuidado faz parte de um projeto colaborativo entre os hospitais Moinhos de Vento e Einstein, realizado no âmbito do Proadi-SUS, em parceria com o Ministério da Saúde. Até o momento, já foram atendidos 40 pacientes
Quarenta pacientes que passaram pela UTI do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP), unidade da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), construído e mantido pela Prefeitura e administrado pelo Einstein desde junho de 2022, receberam orientações via telemedicina para a reabilitação em casa após a internação hospitalar. São pacientes que ficaram internados por insuficiência respiratória aguda e foram elegíveis para participar do Projeto Rehab-VM Brasil, uma iniciativa colaborativa entre o Ministério da Saúde e os hospitais de excelência Einstein e o Moinhos de Vento, realizada no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde
(Proadi-SUS).
Ao todo, 20 hospitais do Brasil participam do projeto, que pretende coletar dados de pelo menos 2.000 pacientes até abril de 2025. A expectativa é que, com o uso da telemedicina, haja uma maior adesão ao tratamento após a alta hospitalar, eliminando a necessidade de deslocamentos frequentes e oferecendo aos pacientes um acompanhamento contínuo.
Para a diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde (Decit/Sectics/MS), Monica Felts, o projeto faz parte do compromisso do governo federal em proporcionar avanços científicos como serviço no SUS. “O Ministério da Saúde tem investido em soluções inovadoras para fortalecer o SUS, e a reabilitação remota por telemedicina representa um avanço significativo na recuperação de pacientes críticos”, afirma a diretora.
Os 40 pacientes do HMAP que participaram do projeto passaram a ser acompanhados ainda na UTI, com intervenções realizadas por consultoria remota de profissionais do Hospital Moinhos de Vento. Ao passar para a enfermaria, a intervenção passa a ser do profissional do HMAP com consultoria da equipe de São Paulo do Einstein. Para o acompanhamento domiciliar após a alta, o celular do paciente é avaliado em relação à capacidade de executar a plataforma de atendimento. Caso o aparelho não tenha o suporte necessário, um celular do projeto é emprestado ao paciente durante seu período de participação no estudo e devolvido após o término do tratamento para que possa ser destinado a um próximo paciente.
Em casa, o participante da pesquisa recebe atendimento via telemedicina com profissionais do Einstein por até 60 dias, a depender de sua evolução. Nesse atendimento, a pessoa conta com reabilitação com fisioterapeuta, fonoaudiólogo e psicólogo em decorrência de dificuldades respiratórias, atrofias, problemas na deglutição (por causa da intubação e, muitas vezes, uso de traqueostomia), e até mesmo transtorno do estresse pós-traumático pelo longo período de internação. Os pacientes assistidos em casa são reavaliados 90 dias após a alta, com o intuito de verificar se estão em melhores condições. Assim, é possível determinar se a estratégia de cuidados de reabilitação remota é efetiva.
Coordenador do projeto dentro do HMAP, o médico intensivista Maurício Boaventura explica que o estudo Rehab-VM Brasil implementa uma rotina de cuidados para acelerar a recuperação de pacientes críticos do SUS com insuficiência respiratória aguda. “O protocolo começa ainda na UTI, com foco na redução do tempo de ventilação mecânica, prevenção de sequelas e reabilitação precoce. O objetivo é garantir uma transição eficiente e segura para os cuidados primários após a alta, afirma.
O médico acredita que a atuação multidisciplinar contribui com a qualidade assistencial e otimiza o tratamento, melhorando os desfechos clínicos e a qualidade de vida desses pacientes. “Combinando inovação e humanização, o Rehab-VM Brasil reafirma o compromisso das organizações envolvidas em oferecer um cuidado de excelência para
pacientes do SUS, mesmo em situações de alta complexidade”, finaliza.
O projeto foi desenvolvido no ano de 2022, num cenário pós-pandemia de Covid-19, quando foi observado que muitos pacientes internados em UTIs com quadro de insuficiência respiratória aguda e submetidos à ventilação mecânica desenvolveram a síndrome pós-cuidados intensivos ou Covid Longa, com sintomas que podem atingir o sistema respiratório, cardiovascular, musculoesquelético e nervoso. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10 a 20% das pessoas desenvolveram sintomas persistentes quatro semanas ou mais após o diagnóstico do vírus.
A paciente D.T., de 25 anos, foi a primeira beneficiada pelo projeto. Ela ficou internada por sete dias no HMAP em decorrência de uma pneumonia bacteriana, sendo os primeiros 3 dias na UTI, quando já foi incluída no projeto. Ela teve acesso a sessões com psicólogo, fonoaudiólogo e fisioterapia usando o próprio celular e avalia como positiva sua experiência. “Sou muito grata a esse projeto, pois minha melhora foi muito rápida. Hoje posso dizer que levo uma vida normal, com qualidade”, conta.
Fonte: Camila Godoy
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