Prefeitura de Aparecida aprimora projeto com foco no envelhecimento digno


18 de maio de 2025

Foto: Arquivo ASCOM SMS

Texto: Polliana Martins

O “Fim de Vida e Cuidados Paliativos em Saúde” é um projeto que visa o conforto dos pacientes e o cuidado adequado à população idosa

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), segue avançando no projeto “Fim de Vida e Cuidados Paliativos em Saúde”, voltado à promoção de um envelhecimento saudável e ao cuidado adequado à população idosa. A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (IPTSP-UFG), foi reforçada com a visita técnica realizada no último dia 16 de maio por dois especialistas de renome: A professora titular no Departamento de Saúde Coletiva do IPTSP, doutora Marta Rovery de Souza, coordenadora do projeto, e o médico sanitarista dr. Ardigò Martino, professor da Universidade de Bolonha, na Itália.

Durante o encontro, realizado na sede da SMS, os dois especialistas foram recebidos pelo secretário municipal de Saúde, Alessandro Magalhães, e pelos gestores Gustavo Assunção, superintendente de Atenção à Saúde, e Karina Pimentel, coordenadora da Estratégia Saúde da Família (ESF). O foco da reunião foi o intercâmbio de experiências sobre práticas de cuidado ao envelhecimento, metas do programa em Aparecida e possíveis desdobramentos.

“O dr. Ardigò voltou ao Brasil para um evento em São Paulo e aproveitou para vir até Aparecida falar sobre o nosso projeto, compartilhar experiências e até visamos, um dia, a possibilidade de fazer um desdobramento do que estamos fazendo no município para todo o Estado”, declarou a Dra. Marta Rovery.

O médico italiano trouxe reflexões sobre os desafios enfrentados na Europa com o envelhecimento populacional, ressaltando que o aumento das doenças crônicas e a perda da reserva funcional exigem um novo modelo de cuidado, principalmente nos últimos anos de vida das pessoas. “Somos chamados a inovar e construir um novo segmento de cuidado. A atenção primária, por si só, não é suficiente. É preciso pensar no percurso inverso da autonomia da infância, oferecendo conforto e dignidade aos idosos nos seus últimos anos”, explicou ele.

Atenção humanizada e baseada em evidências

“Infelizmente, ainda persiste uma desinformação muito grande no País sobre as necessidades dos idosos. O cuidado paliativo não é uma assistência menor, pois trata do ser humano para além da patologia. Não busca a cura, mas o conforto. Seguimos a determinação do prefeito Vilela em aprimorar e humanizar a assistência prestada à população de todas as idades, assim, estamos muito atentos às pessoas com mais de sessenta anos de idade”, enfatiza o secretário Alessandro.

O superintendente Gustavo Assunção destacou que um dos objetivos da visita foi compartilhar práticas internacionais e alinhar as ações locais: “O dr. Ardigò nos mostrou como as instituições funcionam na Itália, com foco em garantir que o idoso envelheça com dignidade, muitas vezes em um ambiente familiar, não hospitalar. Isso nos ajuda a refletir sobre as melhores formas de cuidado aqui também. ”

A SMS vem realizando ações estratégicas em Aparecida, como a referência das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) às Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), garantindo a presença de equipes multiprofissionais para promover atenção continuada e qualificada. Além disso, uma pesquisa está sendo conduzida para mapear o trajeto dos pacientes idosos na rede de saúde, observando quantas vezes buscaram atendimento de urgência, foram internados ou necessitaram de cuidados especializados. “A ideia é entender como está ocorrendo o envelhecimento desses pacientes e intervir para que seja o mais saudável possível”, afirmou Karina.

Cenário brasileiro

Segundo o IBGE, o número de pessoas com 65 anos ou mais no Brasil cresceu 57,4% entre 2010 e 2022, passando de 7,4% para 10,9% da população total. O Ministério da Saúde (MS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) projetam que, até 2030, cerca de 24% da população brasileira terá mais de 60 anos – o que representa aproximadamente 50 milhões de pessoas. Esses dados evidenciam a urgência de políticas públicas robustas e humanizadas.

Informações fundamentais

O projeto “Fim de Vida e Cuidados Paliativos em Saúde” busca criar um banco de dados baseado em evidências colhidas nas unidades de saúde e ILPIs, estabelecendo diretrizes para o cuidado centrado na pessoa. Segundo a dra. Marta Rovery, “o enfoque é na pessoa, e não na doença”. Nesse sentido, já foram aplicados questionários, realizadas visitas técnicas e produzidos diários de campo que avaliam desde a acessibilidade física dos espaços até o uso de medicamentos psicotrópicos e suas possíveis interações.

Fonte: Camila Godoy




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